segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Intensivo de Francês + Viagem de reconhecimento

Quando iniciamos nossa preparação para a viagem ao Canadá, começamos também um curso de francês bem básico, apenas 1 vez por semana e sem muita preocupação, foi realmente o mínimo. Chegando em Montreal, na A.L.I., Académie Linguistique Internationale, fizemos um teste de nivelamento e constatamos que precisávamos começar desde o início. O teste consistia basicamente em uma entrevista, onde você deveria se apresentar e falar porque você estava ali, etc. Apesar de já sabermos um pouco, nos direcionaram para uma turma de iniciantes. Como faríamos 2 semanas de intensivo isso foi bom para relembrar tudo o que já tínhamos estudado.
O primeiro dia foi bem tranquilo, a turma tinha cerca de 11 alunos, 4 brasileiros. Era uma mistura de nacionalidades, colombianos, mexicanos, venezuelana, canadense (de Vancouver) e libanês. Logo na primeira descontração na saída da sala, começamos a conversar em português e a professora chamou a atenção " ici ne peut pas parler portugais " foi a melhor coisa que poderia acontecer em termos de aprendizado, a galera comprou a ideia e não se ouviu mais nada em português dentro da escola. As aulas eram das 9:00 às 12:00 e das 13:00 às 16:00, divididas entre 3 professoras super preparadas e exigentes, elas não sabem falar português, ou seja, para se comunicar, você aprende ou aprende!

Ao final da primeira semana, percebemos que tínhamos estudado tudo o que levamos 6 meses estudando aqui no Brasil, mas a metodologia de ensino e o uso diário de tudo o que você aprende , torna isso muito mais eficiente. Também percebemos que tínhamos entrado em uma rotina e precisávamos aproveitar mais a viagem, pensando assim, viajamos no final da semana para Ottawa, onde estava acontecendo um festival de Tulipas, eu não imaginava que um festival de flores pudesse movimentar tanto uma cidade, simplesmente fantástico como os parques ficam cheios, turistas de toda a parte, qualquer praça da cidade fica parecendo uma vitrine de flores, sem contar na cidade em si que mais parece um cenário de filme. Na volta passamos por Gatineau, que pra mim parecia a continuação de Ottawa, as cidades são juntas...
A segunda semana de estudo foi bem mais estressante, o conteúdo era pesado e a cobrança parecia aumentar a cada dia, o consumo de café para aguentar isso tudo teve que ser dobrado. Mas nem tudo é ralação, na quinta feira desta semana conseguimos comprar ingressos para o Cirque du Soleil, na estreia do espetáculo "Amaluna". Somente vendo ao vivo para entender o porque deste circo ser o mais famoso do mundo. Ao final da semana, fomos para Quebec, passamos o domingo conhecendo a cidade, que 3 dias atrás tinha sofrido com uma nevasca, tudo tava cinza, mas muito bonito. Conhecemos o Parc de la Chute-Montmorency, é uma atração e tanto.
Voltando para Montreal, finalizamos nosso pequeno intensivo de Francês com a seguinte conclusão:
Nenhum curso de idiomas lhe proporciona um aprendizado tão rápido e eficiente quanto um curso em um país onde a língua é nativa, o aprendizado é constante... realmente vale a pena.

Recepção da Escola



Ottawa


Festival de Tulipas - Ottawa


Cataratas Montmorency

Foto tradicional de turista na subida da Old Quebec

Quebec vista de um mirante



quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Viagem de reconhecimento - Ida

No final de 2011, começamos a programar uma viagem ao Canadá, para ver na realidade como eram as coisas, afinal o que é bom para um, pode não ser tão bom para outro. Como a maioria das pessoas, nós também temos empregos fixos, com horários apertados e muitas responsabilidades, programamos nossas férias para abril, seria o tempo suficiente para tirar os vistos e programar o que iriamos fazer.
Decidimos como destino principal Montreal, mas combinamos que iriamos conhecer algumas outras cidades e uma delas seria Quebec.
Ao fazer o levantamento dos custos, descobrimos que fazer um curso de francês intensivo com hospedagem(homestay) e uma refeição diária, ficava mais barato que pegar um hotel razoável. Dispensamos os serviços das agências de viagem e intercambio, pois a diferença de valor era assustadora. Entrei em contato com algumas escolas de idiomas em Montreal e me surpreendi com o atendimento da A.L.I. que foram super prestativos e inclusive uma pessoa entrou em contato comigo em português. Tendo em vista o custo da viagem, optamos de ir pelos EUA, o qual mesmo com os custos para tirar os vistos em SP, ainda ficava bem mais barato. Falando em visto, isto daria um post inteiro, para contar como foi a loucura de 2 meses de preparação para o cara do consulado dar o visto sem nem olhar a documentação que levei...
Embarcamos em Foz do Iguaçu (onde é o aeroporto internacional mais próximo de onde moramos (sim continuamos anônimos heheheh), fizemos uma escala no Rio de Janeiro, saímos de lá para uma noite de voo pela American Airlines direto para Nova York. 
Nossa primeira vista na entrada - Nova York
Chegamos em NY com a expectativa da primeira entrada, achei que seria extremamente estressante e difícil, afinal naquela semana tinha ocorrido uma ameça de bomba e todo mundo estava atento para isso. Mas as diferenças começaram a aparecer, em nenhum momento passamos por situações as quais eu estava me preparando, tudo ocorreu como deveria, tudo tranquilo, sem filas, sem incômodos, etc. 
Como a conexão era rápida, já fizemos os tramites para aguardar o voo para Montreal no saguão de espera. Lá conhecemos o Danilo, um canadense criado no Brasil, Espanha, Inglaterra e mais alguns países que não lembro agora, o cara é simplesmente uma figura! O tempo passou super rápido ouvindo as histórias dele. Embarcamos para Montreal em um avião bem pequeno e logo que entramos, escutei: "O aspirador de pó da minha mãe faz mais barulho que esse avião" sim, tinha mais brasileiros naquele voo, e na semana seguinte, descobri que seriam meus colegas de classe.
Chegamos em Montreal e novamente veio a expectativa de passar na imigração, nesse momento uma surpresa bem legal:
Me aproximei do balcão cumprimentei em francês e entreguei os passaportes; a mulher  abriu, olhou para mim e falou "Bom dia! fizeram uma boa viagem? ". Esqueci que tinha começado em francês e perguntei em inglês se ela falava português, ela disse que não, mas estava aprendendo algumas frases; conversamos um pouco enquanto ela fazia os procedimentos e logo nos liberou, super rápido.
Quando saímos, ficamos esperando o Danilo, que teve algumas complicações na entrada devido a uma garrafa de cachaça que ele estava levando na bagagem, situação bem chata, pois acabaram rasgando a mala dele. Consegui uma fita silver tape, enrolamos em volta da mala deu pra seguir.
Academie Linguistique Internacionale - Montreal
Ele nos deu a dica do ônibus 747, que é bem legal pois sai do aeroporto e vai nos principais pontos da cidade e foi exatamente o que precisávamos, afinal, desembarcamos na esquina da escola onde mais tarde nos encontraríamos com dona da casa onde ficamos.
Pronto, viagem de ida concluída com sucesso! 


Para não ficar cansativo, vou dividir em post pequenos, então nos vemos no próximo...

à bientôt